PLA - Ácido Polilático
O PLA é um poliéster termoplástico feito com ácido lático (composto orgânico de função mista – ácido carboxílico e álcool) a partir de fontes renováveis (milho, mandioca, beterraba e cana-de-açúcar podem ser matérias-primas) e, por isso, é biodegradável, compostável, reciclável (desde que com outros resíduos de PLA ou em uma proporção de até 1% de PLA misturado com resinas convencionais), além de poder ser incinerado. Os processos para a obtenção do PLA variam de acordo com o fabricante, como veremos adiante.
O plástico produzido com PLA pode substituir o plástico normal em filmes para a produção de tubetes, sacolas plásticas, embalagens para cosméticos, embalagens alimentícias, copos, bandejas, pratos, talheres, tampas, canetas, frascos e garrafas, entre os produtos usuais e presentes em nosso cotidiano.
As principais vantagens do material: é biodegradável, compostável, proveniente de fonte renovável (milho, mandioca, beterraba, etc.), pode ser reciclado (desde que essa reciclagem ocorra com plásticos de PLA puro ou na proporção de até 1% de PLA com 99% de resinas convencionais), e sua biodegradabilidade é comprovada por normas americanas (ASTM D-6400) e europeias (EM-13432), o que pressupõe que o material sofra degradação em até 180 dias, em condições de compostagem (com temperatura, umidade, luz e micro organismos controlados). No entanto, há problemas. Esse material só se biodegrada corretamente em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade, temperatura, além da quantidade correta de micro organismos. Essa não é a realidade no Brasil, pois a maior parte do lixo acaba parando em lixões e aterros sanitários. Nesses locais, não há garantias de que o material se biodegrade em sua totalidade. Sem contar que as condições oferecidas por lixões e aterros propiciam uma biodegradação anaeróbica, fazendo com que haja liberação do gás metano (em vez do CO2 gerado durante a biodegradação aeróbica), um gás que contribui cerca de 20 vezes mais para o efeito estufa em comparação com o CO2, segundo estudos recentes.
Outra questão importante é o uso de matéria-prima comestível e os efeitos disso sobre um cenário de potencial escassez global de alimentos. A produção em larga escala implicaria em maior área de plantio, maior consumo de água, fertilizantes e outros insumos. Outro fator a ser observado, seria o possível uso de plantas transgênicas (ou geneticamente modificadas) na produção do plástico de PLA.